Convite aos alunos!

Querid@s estudantes,

Nós, membros do DAFAFAR, percebemos que muitos estudantes se sentem distantes da entidade estudantil. Percebemos também que, principalmente calouros ou estudantes que ainda não chegaram ao prédio, possuem muitas dúvidas sobre o curso, sobre qual ênfase seguir, como lidar com algumas matérias e com o curso, etc.

Sendo assim, convidamos os alunos à visitarem o DA, procurarem os membros, participarem das reuniões (que são abertas), dos nossos movimentos e também de nossas discussões. Estejam à vontade para entrarem no nosso DA e nos perguntarem sobre dicas de prova, de professores, de iniciação científica (como de outras atividades acadêmicas), sobre o SAEF e ENEF (que será em BH em meados de Junho/Julho), entre outras coisas.

Nossa gestão atual quer que o DA seja de vocês, para vocês e também feito por vocês!

Está na hora de mudar!!! Um grande beijo para tod@s!

ABRA-SUS!

Gestão 2014 – Amanhã Será Um Novo Dia

por dafarmaciaufmg Postado em Todos

Guia de Sobrevivência no ENEF

 

A VIAGEM

Detalhes importantes:

* O Ônibus sairá da portaria da FaFar no dia 17 de Agosto, o horário será dito posteriormente e sairá da UFPR no dia 25 por volta das 12 horas.

* A viagem Belo Horizonte – Curitiba dura cerca de 20 horas.

* O Valor cobrado será de R$ 50,00 que deverá ser pago até o dia 13 de agosto.

* Neste valor está incluso: Ida e Volta BH-Curitiba, ônibus open bar na ida.

* Quem não sabe beber, bebe leite! – Quem vomitar no ônibus vai limpar. Apenas.

 

O que não esquecer?

  •  Toalha
  •  Roupas de frio – muitas roupas de frio!
  •  Escova de dente
  •  Pasta de dente
  •  Desodorante
  •  Absorventes
  •  Meias – Muitas meias!
  •  Luvas
  •  Toucas de frio
  •  Secador de cabelo
  •  Camisinhas – O que acontece no ENEF fica no ENEF. Exceto filhos e DST’s, que você vai levar contigo. Dik!
  •  Dinheiro VIVO – Nunca confie que existirão caixas eletrônicos em todos os
  • lugares!
  •  Tênis
  •  Chinelos – Você não irá querer tomar banho descalço!
  •  Sabonetes – aqueles embalados individualmente, assim como encontrados em hotéis/motéis, são ideais. Assim você evita de ter que colocar sabonetes molhados em sua mala novamente.
  • Seus medicamentos de uso constante e outros itens importantes, como antialérgicos, analgésicos, curativos adesivos.
  • Sacolas vazias, para colocar as roupas sujas e toalha molhada no dia de partir! #todaschora

O que mais preciso para sobreviver?

  • Leve alguns jornais velhos que você tem aí na sua casa. Coloque-os no chão e o seu colchão em encima, os jornais são bons companheiros de aventuras, absorvem  a água e te deixam mais quentinho.
  • Não dê chance pro azar, leve seu próprio papel higiênico.
  • Lanterna – aquele seu Nokia 1100 ou um LED pode salvar a vida de um bêbado.?
  • Um colchão inflável – Existem duas táticas no MEF, ou você leva um colchão de casal e oferece abrigo para alguém que não levou, ou então você arranja abrigo com alguém que levou um colchão de casal. Mas sabe como é, não dá pra confiar! Leve o seu!
  • Lembrando: muuitas roupas de frio! Curitiba é uma cidade basicamente fria, MUITO fria, então leve bastante roupa de frio. Já entendeu né?
  • Dica marota: Carregar edredons é uma merda, então durante a noite vista vários agasalhos. Assim, um lençol ou cobertor mais leve irá te manter aquecido.

O que não levar?

  • Notebooks, tablets, câmeras muito caras, entre outros itens eletrônicos. Além do tempo reduzido, não sabemos como será o acesso à internet lá e apesar de haver seguranças 24 horas no local, perdas podem acontecer e infelizmente o DAFAFAR e a Comissão Organizadora não irão se responsabilizar por elas. No entanto, quem quiser levar, se responsabilizando por seus próprios itens, tudo bem!
  • Armas no geral! Pfvr, né galera!
  • Dorgas ilícitas, até porque iremos cruzar três estados e não queremos problemas com a polícia no caminho.

ESPAÇOS

Os espaços foram planejados com muito amor e trabalho pela galera das Coordenações Local e Nacional, portanto, valorize-os! Serão momentos muito ricos e de grande crescimento pessoal e profissional. Fikdik.

Então, se programe direitinho e siga as orientações abaixo!

  1. Acorde com pelo menos 30 min antes do início dos espaços do evento pra dar tempo de se pentear, escovar os dentes, banhar (corajosos), comer e ir para o espaço sem atrasos
  2. Caso esteja muito cansado em algum dia, tente dormir durante um período se comprometa a ir ao próximo, pois assim se aproveita melhor um espaço!

FECFARMAS

As FECFARMAS são os Festivais Culturais de Farmácia, ocorrerão quase todos os dias do evento e serão temáticos, então, já separem as roupas:

Dia 1: Festa do Semáforo

Roupas verdes = Free Love.

Roupas amarelas = Pergunte antes.

Roupas vermelhas = Não estou disponível.

Dia 2: Festa Retrô

Tire aquela calça boca de sino ou a calça centropeito dos seus pais do armário e coloque já na mala!

Dia 3: Festa a Fantasia

Libere a imaginação, só não vale vestir o jaleco e se fantasiar de farmacêuticx!

Dia 5: Festa Junina

Ô cumpadi, já tem par pra quadrilha?

A bota de sempre e as roupas básicas das festas juninas, tão conhecidas pelos

mineiros 😉

Dia 6: Sarau

Música, poesia, teatro e recitais! Palco aberto. Sabe tocar/apresentar algo? Leva pra

mostrar pra galera e arrasar os corações! ❤

Dia 7: Brasil!

De É o Tchan a MC Anita, passando pelo rock e pop rock brasileiro, MPB e aquele

sambinha e forró!

Viu alguém em algum espaço do ENEF, mas não deu tempo de chegar na pessoa?

Mande um spotted em: http://www.facebook.com/SpottedEnefCuritiba2013

Só pra reforçar: Use sempre camisinha – O que acontece no ENEF fica no ENEF, exceto

filhos e DST’s! ²

A hora do banho

Existem dois banheiros equipados com sete chuveiros quentes cada um. Estes banheiros acabaram de passar por uma reforma e estão novos, eles contam com divisórias.

Então, evite filas, trace sua estratégia e programe o melhor horário para tomar seu banho.

Atenção: Não esqueça sua toalha, seu sabonete e seu chinelo!

Alojamento

O alojamento se dará da seguinte forma: serão 4 salas, onde caberão no máximo 80

pessoas, e um amplo saguão onde ficará o restante.

No saguão – o Alojamento dos Alquimistas – serão feitas vilas, formando uma cidadela.

Serão organizados corredores, com espaço para tomadas e circulação de pessoas.

Tanto o saguão quanto as salas contam com ótimo isolamento térmico, portanto os

alquimistas não passarão frio. Haverão seguranças nas entradas do alojamento, que

só permitirão a entrada de pessoas com devida identificação de participação no XXXVI ENEF.

Entretanto NÃO será permitido montar barracas.

Mini manual de convivência com os coleguinhas

No ENEF, ninguém te domina, porque você não é nem obrigadx! Mas não se esqueça

do respeito com o coleguinha! Álcool não é motivo para violência verbal ou física!

Aquela “passada de mão”, as cantadas de pedreiro pra quem nem te conhece, as

brincadeirinhas ofensivas, não são legais e podem causar um atrito desnecessário!

Vamos mostrar que a delegação da UFMG respeita a diversidade!

Esse ENEF será pura magia! Vemos vocês em breve!

Coordenação DAFAFAR 2013

“Outras Frequências”

por dafarmaciaufmg Postado em Todos

O que é ENEF?

O Movimento Estudantil de Farmácia (MEF), representado pela Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (ENEFAR), realiza anualmente o Encontro Nacional dos Estudantes de Farmácia (ENEF), tendo como objetivo reunir estudantes e profissionais da área para o estudo e discussão das mais diferenciadas temáticas que envolvem nossa profissão, preocupando-se com questões de cunho político-pedagógicas, sociais e científicas.

-> Últimos ENEF’s

  • XXXIV ENEF 2011 Fortaleza – Ceará

Tema: Farmacêutico: a que se destina? Desafios da implementação de um novo currículo.

  • XXXV ENEF 2012 Belém – Pará

Tema: Repensando o Movimento Estudantil para mudar a Farmácia, a Saúde e o Brasil.

 

XXXVI ENEF 2013 Curitiba – Paraná

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O ENEF é um importante espaço de debate e formação. Caminhando para sua 36ª edição, apresenta-se como um espaço acadêmico-científico construído e voltado para estudantes, contribuindo para uma formação profissional, pessoal e humanizada. Além disso, o encontro caracteriza-se como a maior instância deliberativa do MEF, onde suas propostas de ação são construídas. Juntamente com os estudantes de Farmácia, fazem parte do público do XXXVI ENEF estudantes e trabalhadores da área de saúde de forma geral.

Em 2013, o encontro apresenta como tema “Os desafios do farmacêutico frente à medicalização da vida na cultura de consumo”, que deve ser amplamente debatido em mesas e grupos de trabalho ao longo do evento. Além disso, outras atividades, como oficinas, minicursos e grupos de trabalho temático, complementarão e contribuirão para a diversidade do ENEF.

Vivemos hoje em uma sociedade onde poucos têm muito e muitos têm quase nada. Na saúde, infelizmente não é diferente. O acesso a medicamentos no mundo continua reduzido e desigual, milhões de pessoas morrem de doenças para as quais já existem tratamentos há décadas, enquanto outros tantos são medicados sem a real necessidade para tal. O XXXVI ENEF se propõe a discutir as influências da Indústria Farmacêutica dentro desse panorama, e o papel do Farmacêutico como profissional da área da saúde para a população.

A partir do tema, foram definidos três eixos (mesas-redondas) nos quais serão amplamente discutidas as vertentes relacionadas ao tema-central do Encontro. São eles:

Medicamento e Sociedade: Responsabilidades do Farmacêutico

Alternativas ao Modelo de Produção de Medicamentos

Medicalização da Vida e Indústria Farmacêutica

Além da abordagem política, o evento também contará com o Congresso Científico Brasileiro dos Estudantes de Farmácia (CCBEF) que funciona como uma mostra acadêmica, onde trabalhos científicos previamente inscritos são submetidos à apresentação e avaliação, sendo premiado o estudante com melhor desempenho. Os minicursos contemplam atividades formativas relacionadas às diversas áreas de atuação do profissional farmacêutico. Já as oficinas possuem caráter lúdico e servem tanto para aproximação dos estudantes como momento de lazer e relaxamento, além do aprendizado de uma nova atividade.

Para que o encontro tenha momentos de lazer, parte da programação fica destinada ao TUREF e aos Festivais Culturais de Farmácia (FECFARMA’s). Um dia inteiro é destinado ao turismo (TUREF), para que os estudantes possam conhecer a região do encontro.

E o Pré-ENEF?

O DAFaFar, no intuito de organizar um ônibus para a delegação da UFMG, formada pelos estudantes de Farmácia interessados em conhecer o ENEF.

Serão quatro edições do Pré-ENEF e os participantes desses espaços terão prioridade nas vagas do ônibus. A primeira edição do Pré-ENEF abordará assuntos como preço da inscrição, alojamento, alimentação, transporte, entre outras questões importantes para a viagem.

Além disso, conversaremos um pouco sobre a nossa Executiva de curso e sobre os últimos ENEFs.

Todos estão convidados para o primeiro Pré-ENEF, que ocorrerá na quinta-feira, dia 13 de junho de 2013, às 12:30 h, no DAFaFar!

Aguardamos vocês!

Gestão DAFaFar 2013 – Outras Frequências

ENEF 2013

Convocatória do XXXVI ENEF

João Pessoa, 02 de junho de 2013.

Aos Estudantes de Farmácia,

A Coordenação Nacional da Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia – ENEFAR vem convocar os estudantes de farmácia de todo o Brasil para participarem do XXXVI ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE FARMÁCIA (ENEF). O evento acontecerá no período de 18 a 25 de agosto de 2013, na cidade de Curitiba – PR, sendo a UFPR como escola sede.

O ENEF é um encontro de caráter político, científico e cultural e também a maior instância deliberativa do Movimento Estudantil de Farmácia. O tema da 36ª edição será “Os desafios do farmacêutico frente à medicalização da vida na cultura de consumo”, com os seguintes eixos:
• Medicamento e sociedade: responsabilidade do farmacêutico
• Alternativas ao modelo de produção de medicamentos
• Medicalização da vida e a Indústria Farmacêutica

O XXXVI ENEF também trará em sua programação o XX CCBEF (Congresso Científico Brasileiro de Estudantes de Farmácia), além de oficinas, Espaços Transversais, Grupos de Trabalho Temático, Grupos de Discussão e o LXXXVII
CoNEEF (Conselho Nacional de Entidades Estudantil de Farmácia).

Certos de sua participação, contamos com o apoio e colaboração na construção de mais este encontro.

Sem mais para o momento,

Priscylla Alves Nascimento de Freitas
Coordenadora de Administrativo – ENEFAR

CARTA SOBRE A MEDICALIZAÇÃO DA VIDA

Atualmente, assistimos a uma multiplicidade de “diagnósticos” psicopatológicos e de terapêuticas que simplificam as determinações dos transtornos infantis e retornam a uma concepção reducionista das problemáticas psicopatológicas e de seus tratamentos. Esta concepção utiliza, de modo singularmente inadequado, notáveis avanços no terreno das neurociências para deles derivar, ilegitimamente, um biologismo extremo que não dá qualquer valor à complexidade dos processos subjetivos do ser humano. Procedendo de maneira sumária, esquemática e carente de verdadeiro rigor científico se fazem diagnósticos e até se postulam novos quadros psicopatológicos a partir de observações e de agrupamentos arbitrários de riscos, baseados em antigas e confusas noções. É o casoda chamada síndrome de “Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade” (TDA/TDAH), da Dislexia,do Transtorno de Oposição Desafiadora (TOD) e outros transtornos constantemente inventados e reinventados,lançados a cada dia em prateleiras de mercados como novas mercadorias. Rótulos e etiquetas,maquiados de diagnósticos, e pílulas de psicotrópicos prometem resolver todos os conflitosnaturais da vida, tirando a vida de cena.

Uma vez classificadas como “doentes”, as pessoas tornam-se “pacientes” e consequentemente“consumidoras” de exames, tratamentos, terapias e medicamentos, que transformam seu corpo e sua subjetividade em problemas, alvos da lógica medicalizante, que deverão ser sanados individualmente.

Por sua vez, supor que diagnosticar é atribuir um nome, leva-nos a um caminho pouco rigoroso, porque desconhece a variabilidade das determinações daquilo que é nomeado. Assim, um movimento de uma criança pode ser considerado normal ou patológico segundo o observador, bem como as dificuldades de linguagem podem ser localizadas como um “transtorno” específicoou como sintoma de dificuldades vinculares, segundo aquele que esteja “avaliando” essa criança.Portanto, as classificações tendem a agrupar problemas muito diferentes somente porque suaaparência é similar.

Vivemos tempos marcados por crescente medicalização de todas as esferas da vida; vivemos a “Era dos Transtornos”.

A expressão ‘medicalização’, cunhada nos anos 1970, foi usada por Ivan Illich em seu livro ‘A expropriação da saúde: nêmesis da medicina’, ao alertar que a ampliação e extensão do poder médico minavam as possibilidades das pessoas de lidarem com os sofrimentos e perdas decorrentes da própria vida, transformando as dores da vida em doenças. Segundo o autor, a vida estaria sendo medicalizadapelo sistema médico que pretendia ter autoridade sobre pessoas que ainda não estariam doentes, sobre pessoas para quem não se poderia racionalmente esperar a cura, e sobre pessoas com problemas para os quais os tratamentos prescritos por médicos teriam resultados semelhantes aos dos oferecidos por familiares mais experientes.

As expressões medicalização e patologização designam processos que transformam, artificialmente, questões não médicas em problemas médicos. Problemas de diferentes ordens são apresentados como “doenças”, “transtornos”, “distúrbios” que escamoteiam as grandes questões políticas, sociais, culturais, afetivas que afligem a vida das pessoas. Questões coletivas são tomadas como individuais; problemas sociais e políticos são tornados biológicos.

Nesse processo, que gera sofrimento psíquico, a pessoa e sua família são responsabilizadas pelos problemas. Tratar questões sociais como sendo biológicas iguala o mundo da vida ao mundo da natureza. Isentam-se de responsabilidades todas as instâncias de poder, em cujas entranhas são gerados e perpetuados tais problemas. Tudo se passa como se as pessoas é que tivessem “problemas”, fossem “disfuncionais”, “não se adaptassem”, fossem “doentes”, sendo, até mesmo, judicializadas.

No mundo da natureza, processos e fenômenos obedecem a leis naturais. A medicalização naturaliza todos os processos e relações socialmente constituídos e, em decorrência, desconstrói direitoshumanos, uma conquista histórica de homens e mulheres, que se inscreve no mundo da vida.

A aprendizagem e os modos de ser e agir – campos de grande complexidade e diversidade – têm sido alvos preferenciais da medicalização. Cabe destacar que, historicamente, é a partir de insatisfações e questionamentos que se constituem possibilidades de mudança nas formas de ordenação social e de superação de preconceitos e desigualdades.

A medicalização cumpre assim, também, o papel de abortar questionamentos e movimentos por mudanças, o que, no limite, pode representar o extermínio de possibilidades de construção de um futuro diferente.

É alarmante o número de crianças e adolescentes medicados por TDA/TDAH sem que se formulem perguntas sobre as dificuldades que apresentam os adultos para acolher, transmitir, educar e sobre o tipo de estimulação, valores e ambiente a que estão sujeitos essas crianças dentro e fora da escola. Ou seja, supõe-se que a criança é o único ator no processo de aprendizagem.

Nessa epidemia de diagnósticos, o mundo e a vida são olhados por prismas em que o que não se enquadra em rígidos padrões e normas é doença a ser tratada, medicada.

Consideramos que é fundamental diagnosticar a partir de uma análise detalhada do que o sujeito diz, de suas produções e de sua história. A partir dessa perspectiva, o diagnóstico é algo muito distinto de se pôr um rótulo; é um processo que se constrói ao longo do tempo e que pode ter variações, porque todos passamos por transformações. Em relação às crianças e aos adolescentes, principalmente.

É central levar em conta as vicissitudes da constituição subjetiva e a trajetória complexa que supõe a infância e a adolescência, bem como o papel do contexto. Assim sendo, existem estruturações e reestruturações sucessivas que vão determinando um percurso em que se sucedem mudanças, progressões e retrocessos. As aquisições vão se dando em um tempo que não é estritamente cronológico. É por isso que os diagnósticos apresentados como rótulos podem ser claramente nocivos para o desenvolvimento psíquico de uma criança, fazendo com que esta tenha um “transtorno” para a vida toda.

Deste modo se marca a história de uma criança ou de um adolescente e se nega o futuro.

No entanto, o ser humano é efeito de uma história e de um contexto, impossível de ser pensado de forma isolada: temos que pensar também em que situações, em que momento e com quem se dá este funcionamento. A família, fundamentalmente, mas também, a escola são instituições que incidem nesta constituição. Instituições marcadas, por sua vez, pela sociedade a qual pertencem.

Os seres humanos são sujeitos ‘datados e situados’; trazem em seus corpos e mentes marcas de seu tempo, das esferas sociais, geográficas, históricas, políticas, culturais e afetivas em que se inscrevem. Sujeitos históricos e culturais constituem sua subjetividade em processos complexos e sofisticados em que, ao constituírem sua linguagem e seus saberes, são por eles constituídos.

Assumir essa concepção de ser humano, de sujeito, implica assumir que os modos de ser, agir, reagir, afetar e ser afetado, de aprender e de lidar com o aprendido, de se relacionar com os demais, sãosocialmente produzidos. Se em determinado espaço-tempo muitas pessoas apresentam comportamentos considerados ‘inadequados’, há que entendê-las como frutos da sociedade, produtos da dimensão histórica em que vivem.

Esse modo de compreender o humano opõe-se frontalmente ao que assistimos nos dias atuais, em que normas artificiais, sem respaldo mesmo em valores sociais e culturais contemporâneos, são naturalizadas e apresentadas como se fossem normas biológicas, neurológicas. São divulgadas comosuficientes para identificar pretensas doenças, cuja existência ainda é questionada em todos os países,pela ausência de comprovação no campo da ciência médica.

Os avanços do conhecimento médico e das tecnologias possibilitam diagnósticos mais precoces e precisos, tratamentos mais eficientes, melhoria da qualidade de vida das pessoas; não se esqueça, porém, que o acesso a essas possibilidades é muito restrito. A maioria da população mundial ainda não conseguiu usufruir do conhecimento científico. Por outro lado, uma consequência mais evidente e perversa desses avanços é a amplificação da medicalização para todas as dimensões da vida.

Para as pessoas que vivenciam e sofrem a medicalização, resta o destino de viver o estigma da “doença”, que realiza uma segunda exclusão daqueles que já haviam sido excluídos, social, afetiva, educacionalmente. Opera-se, assim, estranho paradoxo: uma nova exclusão, protegida e disfarçada por discursos de inclusão.

A medicalização tem assim cumprido o papel de controlar e submeter pessoas, abafando questionamentos e desconfortos; cumpre, inclusive, o papel ainda mais cruel de ocultar violências físicas e psicológicas, transformando essas pessoas em “portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem”.

A cada dia nos defrontamos com crianças e adolescentes vítimas de violência, acompanhados por médicos – pediatras, neurologistas e psiquiatras – psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos, com etiquetas de transtornos neuropsiquiátricos inerentes a eles, recebendo psicotrópicos em doses crescentes; sedadas, tornam-se ainda mais vulneráveis às agressões. Constrói-se, assim, um álibi para a violência contra crianças e adolescentes. Esse processo vem se alastrando a tal ponto que jovens em situação de abrigo judicial são capturados pela psiquiatrização, rotulados como portadores de transtornos como TDAH e/ou TOD e “medicados”. Apaga-se sua história de vida, os sofrimentos que já enfrentaram e os que ainda vivem e se lhes impõe uma segunda alienação, uma segunda expropriação de sua vida.

Consideramos que, ao invés de rotular, devemos pensar o que é que está em jogo em cada um dos sintomas que crianças e adolescentes apresentam, levando em conta a singularidade de cada criança, cada adolescente, cada homem ou mulher, e localizando esse padecer no contexto familiar, educacional, histórico e social no qual essa pessoa está inserida.

Diante do exposto, considera-se que:

1º Não estamos de acordo com o uso do DSM IV ou do V – em processo de elaboração – em qualquer pessoa, em especial em crianças e em adolescentes.

2º Defendemos que a toda criança e adolescente, pela sua condição de cidadão, sem necessidade de nenhum tipo de receita, diagnóstico, seja garantido o acesso à atenção médica, psicológica, fonoaudiológicae pedagógica de qualidade, sem restrições.

3º Defendemos que educação e saúde públicas e de qualidade são direitos de todos e dever do Estado.

É neste contexto que o Forumadd, da Argentina, e o Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, do Brasil unem-se em um movimento que busca articular: entidades, grupos e pessoas de diferentes regiões e países da América Latina para o enfrentamento e superação do fenômeno da medicalização, e para mobilizar a sociedade para a crítica à medicalização da aprendizagem e do comportamento.

Este movimento tem caráter ético e político e se pauta pelo rigor científico na defesa intransigente da vida.

 

Buenos Aires, 04 de junho de 2011

por dafarmaciaufmg Postado em Todos

CineFarma de volta!

E o CineFarma está de volta!!!
Tentaremos fazer quinzenalmente, quem sabe um dia a gente chega a um por semana! xD
No dia 14 de Maio às 16:30 serão exibidos os filmes:

– Pode me chamar de Nadí (Brasil, 2009, 18min)
http://filmow.com/pode-me-chamar-de-nadi-t55005

– Acorda Raimundo… Acorda! (Brasil, 1990, 16min)
http://filmow.com/acorda-raimundo-acorda-t22681

– Eu não quero voltar sozinho (Brasil, 2010, 17min)
http://filmow.com/eu-nao-quero-voltar-sozinho-t23198
Envie sua sugestão de filme para o próximo CineFarma!

Cinefarma 14/05

Cinefarma 14/05

Copa DCE de futsal

No dia 25 de maio de 2013 vai acontecer o início da Copa DCE UFMG de Futsal.
Os estudantes de farmácia que quiserem participar podem preencher o formulário abaixo para formar o time.
Alguns termos de participação foram nos passados e são os seguintes:
1 – É necessário a inscrição de dois times por curso, um masculino e um feminino.
2 – Todos os atletas tem que cursar Farmácia, para os times ser uma representação dos cursos e de CAs/DAs.
3 – Cada time tem que conter até 15 atletas e com numeração fixa, (o DA vai providenciar os coletes).
4 – Precisa também de um técnico.
5 – A inscrição vai ter um custo de R$200,00 a R$250,00 por time, o que vai ser confirmado o valor correto na segunda-feira.
6 – Será necessário um cheque calção de R$100,00 para evitar ocorrência de WO nos jogos. Que será devolvido no final do campeonato.
7 – Cada atleta precisa da carteira do CEU.

EBSERH

Participe da Roda de Conversa sobre a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
Dia 18 de Abril as 17:30 no DAFAFAR.

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por dafarmaciaufmg Postado em Todos

Estão abertas as inscrições para o nível IV que dá acesso ao Bandejão com preço reduzido

Estão abertas as inscrições para o nível IV que dá acesso ao valor reduzido de R$ 2,90 para as refeições nos restaurantes universitários (Bandejão).

Os estudantes interessados terão até 30 de abril para preencherem o questionário socioeconômico.

O nível IV  foi uma proposta alternativa colocada pelo Movimento Estudantil da UFMG ao aumento do preço do Bandejão de forma intransigente pela Reitoria no ultimo ano. Fila Bandejão UFMGEste aumento tornou  o nosso Bandejão o mais caro do Brasil. No ano anterior o nível IV foi autodeclarado e a que tudo indica este ano haverá a avaliação das condições socioeconômicas dos declarantes.

Acreditamos que ninguém almoça no Bandejão por que gosta do sabor da comida e sim por que precisa de uma alimentação completa a custo reduzido, ou seja, precisa de uma assistência para permanecer na universidade.

Grande parte dos estudantes que almoçam no bandejão passam o dia todo na universidade, portanto não tem a possibilidade de trabalhar em tempo integral, o que dificulta  deles se manterem na universidade. Não podemos aceitar que este subsídio seja para uma pequena parcela dos estudantes, uma vez que todos que almoçam precisam deste auxílio, destinado pelo governo federal (PNAES) à universidade para este fim.

Caso seja confirmado o nível IV, o aluno receberá o benefício por um ano. Após esse prazo, deverá realizar nova solicitação.

Clique aqui para preencher o questionário do nível IV.

Ressaltamos que os estudantes que se declaram no semestre anterior devem preencher este questionário novamente pois a declaração anterior só é valida até abril deste ano.